O tempo passa bem rápido e pelo caminho vão surgindo sempre novas aventuras e experiências, interesses, necessidades, limitações...
Um ano depois do início da construção da oficina parece que nada foi feito na carrinha, e na realidade quase nada foi feito.
Basicamente foi uma fase de redefinição ou reafirmação do projecto, dos seus requisitos e necessidades a nível de peças, ferramentas, condições, etc.
Foram arrumadas e "inventariadas" as peças, nas caixa de cartão escrevi o que está lá dentro, e tentei preparar e arrumar a oficina da melhor forma de modo a que cada vez que termino um fim de semana de trabalho seja fácil arrumar e limpar e não acumular ferramentas e lixo e outras coisas pela bancada, chão e dentro da própria, como já vem sendo hábito.
A frente, como já tínhamos percebido estava muito empenada e as ilhargas esburacadas, por isso tínhamos já retirado os guarda-lamas que estavam mesmo muito desalinhados. Um estava 2cm mais para baixo e o outro 1,5cms mais para fora. Felizmente a carrinha está toda direita, o que foi verificado com o Marco e o seu tripé de mira de laser, usado na construção, tirando cotas após nivelar bem a base da carrinha. Uma útil ferramenta também na oficina. :)
Mas nem sei bem porquê, deixamos as ilhargas, mas já estava farto de as lá ver e decidi cortá-las para facilitar, mas também porque o plano final para esta zona já está traçado e implicava ter de as cortar por isso hoje foi o dia.
Depois de ter feito alguns remendos de chapa e de ter o fundo todo a enferrujar porque não o protegi devidamente há mais de 1 anos atrás, tive de atacar esta zona e decapá-la completamente, com os novos discos abrasivos, para eliminar toda a ferrugem e lhe dar um tratamento bem dado.
Na altura em que levou o fundo novo dei uma demão de um antiferrugem bom e caro, mas não protegeu o suficiente e não foi a melhor opção pois na altura a chapa era nova e devia ter dado primário, mesmo que não fosse o definitivo.
Desta vez como já existia alguma ferrugem e já tinha usado este aquele produto em zonas desprotegidas e com já com ferrugem considerável, e protegeu muito bem dando 4 demãos, achei que ia usar isto de novo em varias demãos.
Trata-se de um capôt de origem estilo MK3 que casa com a grelha MK3 respectiva. De referir que estas carrinhas já não vinham com a simples grelha de chapa prensada e já traziam o aro de grelha igual aos minis Mk3 da época. Em 1977 sairam todas com a grelha em plástico preto semelhante às dos inocenti ou cooper da época.
Como vou optar por uma grelha ao estilo MK1, com o bigode MK1 e umas lâminas "home-made", aquele friso da frente do capôt tem de sair de modo a ficar com a mesma forma da parte inferior da frente de chapa.
Já de consegue ver a diferença. Mais simples, mais fácil de tratar e qualquer das maneiras esta peça tinha mesmo de sair pois já havia podres nesta zona. O capôt está recuperável.
Como certas coisas não foram feitas ao calhas ou só pela mudança de estilo, este retrocesso causa uma desvantagem, a água da chuva entra mais facilmente no espaço abaixo do capôt, ao contrário dos capôts MK3 que têm aquele friso que sobrepôem nesse espaço.
A solução é usar uma borracha própria que se monta no interior nesse intervalo.
O local onde monta o símbolo apresenta já alguma reparação/tratamento/corrosão pois os furos já são demasiado largos, tem alguns bons mm de betume, e a chapa que segura o capôt fechado já tem 2 pontos de solda soltos.
Como já existia a ideia de não levar nenhum símbolo, talvez seja o presságio para reparar esta zona e tapar os furos do símbolo.
Em poucos dias de trabalho na oficina e já dei mais do que válido o investimento no revestimento do chão. Mesmo tendo só levado uma demão aguada e outra pura, torna a limpeza do chão muito mais fácil e rápida.
Mesmo com pouco trabalho feito foi este o lixo que se juntou no chão ao fim do dia. Mas basta varrer e apanhar.
"Casa arrumada" e ficou assim. (para a foto, porque ponho sempre uma capa na carrinha para proteger do pó)