Para quem não sabe, o Putmechanic é o Marco. O nome deriva de uma brincadeira, em que à semelhança com certas profissões, já tem tantos kms de ferramenta na mão, mesmo sem ser profissionalizado, que já tem algum estatuto digno de reconhecimento.
Citando alguns clientes mais relevantes: corsa A, ibiza A, Punto 176, 4L, Clio 1, fiesta mk2, Terrano II, Uno, Carocha, Pajero, Transit, Scooters, Bmw, Golf III, Citroen C3, rover 214, mini, metro, mercedes Vito ......e alguns mais... e ainda um não menos interessante Dumper com motor lister 1 cilindro de 1945.
o'VANhaullin com Putmechanic - parece um misto de dois programas "Overhaulin" e "À conversa com...".
Talvez por se criar um equilíbrio e dar espaço á discussão, quando se junta uma pessoa demasiado ponderada que desenvolve pouco trabalho com uma demasiado impulsiva e que faz muito mesmo a errar, o trabalho rende mais e faz-se sempre alguma coisa que se vê, quer em quantidade, quer em qualidade. Assim é quando o Marco me vem dar uma ajudinha.
O motor do metro há muito tempo que tinha (erradamente) sido lavado por fora, e depois deste erro já há muito que pedia para ser aberto para avaliar o seu estado, apesar dos seus apenas 60mil kms.
As câmaras de combustão com bastante carvão. Devido às gasolinas maradas e talvez porque no fim da 1ª vida do motor este só pegava com o choke (vulgo "ar") aberto e só p umas voltas no bairro, e de estar parado também apanhava humidade nestes intervalos de uso.
O resultado após a limpeza não foi mau de todo.
De seguida foi limpo o bloco na parte de cima e também os pistons com cuidado de nao deixar para lá cair muito lixo.
Separou-se o diferencial da caixa..
Desmontou-se a corrente de distribuição. Apesar de não não parecer ter assim muito desgaste, vai ser substituida por uma dupla, possivelmente ajustável ou fazendo o ajuste por cunhas com o offset necessário.
O volante do motor e conjunto de embraiagem seria a próxima etapa....
...mas, na falta de um saca para retirar o volante do motor tivemos de fazer um.....dois....três. Só á terceira é que foi de vez. Os 2 primeiros sacas que fizemos foram á vida, o primeiro falhou por falta de resistência e o segundo moeu a rosca da porca que usámos.
O Sr. Artur fez-me um saca capaz de tarefa tão árdua, so precisei de compar 3 parafusos com maior resistência, de aço 14.2. Material mesmo do "Aço". Mais á frente vou mostrar a dita ferramenta.
O sitio da árvore de cames... A cames está boa mas as capas estão um pouco riscadas. Vai ter de levar novas.
psfff...psfff... a válvula de pressão de óleo deve fazer um barulho destes qd trabalha...hehe :)
Também está riscada (sempre devido ás impurezas que circulam com o óleo no motor) e como tal vai ser substituída pela conhecida versão mola e esfera.
... ora...vamos lá anotar a lista de peças a comprar...
O motor sem mais nada que se possa retirar sem tirar a embraiagem, e pronto a ser acondicionado até aos próximos dias de trabalho.
Num momento de descontração, após um bom almoço da Dona Paula, passámos por esta magnífica paisagem e registámos em foto. (foto por: Marco)
Mesmo sem fazer um teste, eu sabia que para usar o colector e "Y" original do Metro este ia bater no charriot e o mesmo teria de ser cortado, o que não me agradava muito. Então, para não o cortar, o que fizemos foi dar 2 cortes e desdobrar aquela secção da aba do charriot e refoçar nos extremos. Fica-se assim com um pouco mais de espaço para o colector não bater e não se perde solidez no charriot.
O charriot já tinha, há cerca de 1 ano, sido lavado e começado a ser decapado com jacto de areia, com uma pistola emprestada. O rendimento deste trabalho foi muito fraco, talvez devido á pistola ou falta de pressão do compressor. Acabamos por não acabar este trabalho e ficou assim sem se proteger as zonas decapadas. Não sei de que tipo de aço é feito, mas aguentou este tempo todo quase sem enferrujar, ao contrário da carroçaria.
Com mais um erro admitido, fomos menos minuciosos e tirámos apenas a sujidade e a pouca ferrugem que se formou, e assim o Marco deu-lhe uma demão directa de Hamerite anti-ferrugem para proteger.
A frente ja tinha sido começada a decapar e optou-se por lhe dar um tratamento mais capaz. Seguindo o mesmo critério, limpou-se apenas as partes piores, oxidadas ou com camadas de tinta ou selante, e protegeu-se com primário antiferrugem.
E destes dias é tudo. Muito mais trabalho virá.
E mais um momento "k*dak" para a posteridade.
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