quinta-feira, 8 de setembro de 2011

10/02/2010 - Reparação do Farol do C3

10 de Fevereiro de 2010


Esta mensagem é um pouco "offtopic" mas engloba-se na oficina da Vanessa e justifica menos um dia de trabalho nela.


Tal como previsto haveria de chegar um dia em que era preciso arranjar outro carro nesta oficina.
Esse dia chegou, porque estava a chover a potes, senão tinha feito este serviço na rua.
O teste prático foi finalmente feito e além deste carro caber ainda cabe a carrinha e o tractor lá a frente.



O farol direito já andava há muito tempo com condensação e água no fundo e o carro tinha de ir à IPO com isto resolvido caso contrário ia chumbar. Na última inspecção o farol tinha sido assoprado numa oficina e lá passou assim. Desta vez tinha de ser resolvido a sério. Comprar novo estava fora de questão devido ao elevado preço e porque acabaria por dar o mesmo problema.




Passo a transcrever um Guia que fiz para substituição dos faróis. No meu caso lavei-o bem com água quente e detergente para o chão e enxaguei a última vez com uma mistura de 3/4 água quente e 1/4 de álcool etílico para ser mais fácil de secar. Acabei secando com o secador e assoprando intervaladamente com o compressor.



Como desmontar as ópticas do C3
O processo e dificuldade é igual dos 2 lados. Seguindo a sequência certa demora +-10min por farol.


As setas indicam os únicos 3 Parafusos que fixam a óptica:
- O parafuso 1 é o parafuso que fixa a grelha. Nesse apoio da óptica há um pequeno trinco que se deve aliviar antes de a tirar por completo;
- O parafuso 2 fica na horizontal com a cabeça para a frente. Fica acessível no intervalo entre a óptica e o para-choques assim que se desapertar o parafuso que fixa o para-choques ao guarda lamas. (chave caixa 10mm+extensor)
- O parafuso 3 fica na vertical com a cabeça para cima. É o parafuso que fixa uma pequena chapa em “L” da cor da carroçaria, que virá agarrada á óptica. (chave caixa 10mm+extensor)
Sequência para desmontar a óptica do carro:
1 – desapertar os 4 parafusos da grelha e retirá-la. (extremos: chave caixa 10mm. Centro: chave torx XX?)


2 -  Desmontar as buchas da forra da cava da roda e deixá-la solta para baixo. (com ajuda de uma chave de fendas larga e um alicate de pontas)
3 – Por dentro da cava desapertar o parafuso que fixa o canto do parachoques ao guarda lamas. (chave luneta pequena 10mm) (ver foto anterior)
4 – Desapertar 2 dos parafusos da frente que fixam o parachoques ao pé da grelha. (chave torx XX?)


5 – Desapertar o parafuso 2 do farol na horizontal  pelo espaço entre o canto do parachoques e a óptica. (chave de caixa 10 com extensor)
6 - Desapertar o parafuso 3 na vertical da chapa em "L" que fixa o farol junto ao canto de dentro. (chave de caixa 10 com extensor)
(vista com o farol ca fora)
7 – Desligar a fixa electrica da óptica deslizando a peça vermelha para o lado
8 – Aliviar a patilha do apoio junto ao parafuso 1 e aliviar  um pouco o parachoques para baixo e tirar a óptica para fora.
O processo de montagem é o inverso.



PS: Quem passou pelo mesmo e me disse que este era um processo muito demorado e que tinha de desmontar quase o "carro todo" enganou-me...não foi RB e MB? :) Depois de saber como fazer já é mais fácil.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

24/01/2010 - o'VANhaullin com Putmechanic

24 de Janeiro de 2010

Para quem não sabe, o Putmechanic é o Marco. O nome deriva de uma brincadeira, em que à semelhança com certas profissões, já tem tantos kms de ferramenta na mão, mesmo sem ser profissionalizado, que já tem algum estatuto digno de reconhecimento.
Citando alguns clientes mais relevantes: corsa A, ibiza A, Punto 176, 4L, Clio 1, fiesta mk2, Terrano II, Uno, Carocha, Pajero, Transit, Scooters, Bmw, Golf III, Citroen C3, rover 214, mini, metro, mercedes Vito ......e alguns mais... e ainda um não menos interessante Dumper com motor lister 1 cilindro de 1945.


o'VANhaullin com Putmechanic - parece um misto de dois programas "Overhaulin" e "À conversa com...".



Talvez por se criar um equilíbrio e dar espaço á discussão, quando se junta uma pessoa demasiado ponderada que desenvolve pouco trabalho com uma demasiado impulsiva e que faz muito mesmo a errar, o trabalho rende mais e faz-se sempre alguma coisa que se vê, quer em quantidade, quer em qualidade. Assim é quando o Marco me vem dar uma ajudinha.


O motor do metro há muito tempo que tinha (erradamente) sido lavado por fora, e depois deste erro já há muito que pedia para ser aberto para avaliar o seu estado, apesar dos seus apenas 60mil kms.



Como se pode ver, passou a sofrer depois de ter sido lavado e ficado sem a protecção natural da pasta de óleo e sujidade. O erro foi feito e agora tem de ser corrigido e enquanto antes.


Desmontou-se a cabeça e o marco agarrou-se logo a ela para a limpar e acondicionar. A junta que estava montada, que nunca tinha sido trocada por mim, é em cobre e estava em mt bom estado, mesmo tendo o motor sofrido um bocado nas minhas mãos. Acho que vou optar por uma igualmente em cobre e não uma convencional.


As câmaras de combustão com bastante carvão. Devido às gasolinas maradas e talvez porque no fim da 1ª vida do motor este só pegava com o choke (vulgo "ar") aberto e só p umas voltas no bairro, e de estar parado também apanhava humidade nestes intervalos de uso. 

O resultado após a limpeza não foi mau de todo.


De seguida foi limpo o bloco na parte de cima e também os pistons com cuidado de nao deixar para lá cair muito lixo.





Separou-se o diferencial da caixa..



Desmontou-se a corrente de distribuição. Apesar de não não parecer ter assim muito desgaste, vai ser substituida por uma dupla, possivelmente ajustável ou fazendo o ajuste por cunhas com o offset necessário.



O volante do motor e conjunto de embraiagem seria a próxima etapa....



...mas, na falta de um saca para retirar o volante do motor tivemos de fazer um.....dois....três. Só á terceira é que foi de vez. Os 2 primeiros sacas que fizemos foram á vida, o primeiro falhou por falta de resistência e o segundo moeu a rosca da porca que usámos.
O Sr. Artur fez-me um saca capaz de tarefa tão árdua, so precisei de compar 3 parafusos com maior resistência, de aço 14.2. Material mesmo do "Aço". Mais á frente vou mostrar a dita ferramenta.




O sitio da árvore de cames... A cames está boa mas as capas estão um pouco riscadas. Vai ter de levar novas.



psfff...psfff... a válvula de pressão de óleo deve fazer um barulho destes qd trabalha...hehe :)
Também está riscada (sempre devido ás impurezas que circulam com o óleo no motor) e como tal vai ser substituída pela conhecida versão mola e esfera.


... ora...vamos lá anotar a lista de peças a comprar...


O motor sem mais nada que se possa retirar sem tirar a embraiagem, e pronto a ser acondicionado até aos próximos dias de trabalho.




Num momento de descontração, após um bom almoço da Dona Paula, passámos por esta magnífica paisagem e registámos em foto. (foto por: Marco)



Mesmo sem fazer um teste, eu sabia que para usar o colector e "Y" original do Metro este ia bater no charriot e o mesmo teria de ser cortado, o que não me agradava muito. Então, para não o cortar, o que fizemos foi dar 2 cortes e desdobrar aquela secção da aba do charriot e refoçar nos extremos. Fica-se assim com um pouco mais de espaço para o colector não bater e não se perde solidez no charriot.


O charriot já tinha, há cerca de 1 ano, sido lavado e começado a ser decapado com jacto de areia, com uma pistola emprestada. O rendimento deste trabalho foi muito fraco, talvez devido á pistola ou falta de pressão do compressor. Acabamos por não acabar este trabalho e ficou assim sem se proteger as zonas decapadas. Não sei de que tipo de aço é feito, mas aguentou este tempo todo quase sem enferrujar, ao contrário da carroçaria.

Com mais um erro admitido, fomos menos minuciosos e tirámos apenas a sujidade e a pouca ferrugem que se formou, e assim o Marco deu-lhe uma demão directa de Hamerite anti-ferrugem para proteger.


O mesmo foi feito no charriot traseiro, e ambos ficaram a secar para depois levar mais uma ou 2 demãos.




A frente ja tinha sido começada a decapar e optou-se por lhe dar um tratamento mais capaz. Seguindo o mesmo critério, limpou-se apenas as partes piores, oxidadas ou com camadas de tinta ou selante, e protegeu-se com primário antiferrugem.



E destes dias é tudo. Muito mais trabalho virá.

E mais um momento "k*dak" para a posteridade.